quarta-feira, 6 de maio de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Berenice e eu
Seu nome é Berenice.
Berenice pode ser pseudônimo, alter-ego ou orgulho ferido. Eu não ligo. O que realmente importa é que ela faz parte de mim e eu faço parte dela e juntas somos tudo que poderíamos ter sido e o que ainda seremos ou talvez nunca possamos ser.
Ela tem cabelos pretos, cacheados e com as pontas roxas. Os olhos castanhos estão sempre envoltos numa maquiagem preta e triste. Por mais que se esforce para sorrir, um rosto verdadeiramente feliz é muito pesado.
Algumas pessoas pensam que ela quer aparecer com esse seu jeito diferente, mas o que Berenice realmente desejava era não existir ou, pelo menos, ser uma pessoa forte.
Ela é tão fraca que não consegue chorar e, muito menos, perdoar. Perdoar as pessoas. Perdoar-se. Perdoar os erros do passado.
Ela é tão fraca que sente raiva ao invés de tristeza e derruba gotas de sangue ao invés de gotas de água.
Meu nome é Gabriela.
Eu gosto de ler, principalmente, livros que mexam com as minhas entranhas. Leituras intensas assim como eu. O cinema é outra paixão e queria assistir a todos os filmes bons que existem... Os ruins também. Acredito que quando morrer terei feito apenas uma ínfima parte do que queria fazer.
Tenho ódio no coração, mas também tenho amor latente. Sou ambivalente. Meio preta. Meio branca. Meio triste. Meio feliz. Meio certa. Meio errada. Sou milhares de contradições.
A minha paixão verdadeira é a escrita. Ela me salva dos meus piores medos e acalma a minha alma ansiosa. O meu sonho – se eu realmente tiver um – é ser uma escritora de verdade, ter vários livros publicados, ser reconhecida pelo que escrevo.
Berenice.
Ela gosta da loucura do Cazuza, o jeito como enfrentou todos os seus medos vivendo dentro deles e as músicas lindas que compôs. Amy Winehouse é seu mais novo colírio. Pinga no olho e embaça a visão. Essa morrerá daqui a poucos anos e será como uma Janis Joplin contemporânea. Mayra Dias Gomes chama a sua atenção. Desperta entendimento e ao mesmo tempo indignação. Uma perda pode machucar, mas não deveria por fim a vida de outro alguém.
Eu, Gabriela.
Eu volto no tempo como se fosse um vídeo qualquer – talvez o vídeo da minha vida. Remexo nas feridas, tiro as casquinhas e depois corro e pego o remédio para que não sangre mais.
Eu e Berenice fazemos parte de um mesmo ser. Não um ser completo, mas um cheio de lacunas, espaços negros, céus azuis, choro guardado, luz escondida, interrogações e feridas doídas.
Essa sou eu. Essa é ela. Assim somos nós.
sexta-feira, 20 de março de 2009
O bom filho à casa torna
Voltar a escrever, depois de tanto tempo evitando uma tela em branco cheia de mistérios e fins diferentes, dá uma sensação esquisita. Medo de não preencher as próprias expectativas, ou não preencher as expectativas dos outros. Medo de não conseguir conectar as idéias, juntar as palavras, deixar fluir a imaginação. Medo de ter perdido a melhor capacidade que já tive até hoje: colocar no papel tudo que nunca conseguiria sequer pensar em falar.
Talvez seja um dom e eu esteja apenas enferrujada. Entretanto, não vou desistir. Nunca poderia ser Gabriela Vargas sem os livros, sem escrever coisas loucas, coisas lindas, coisas estúpidas. Então, se eu escrever mal, perdoem-me, mas no momento, a única coisa que realmente quero é ESCREVER.
Voltei.
terça-feira, 6 de maio de 2008
terça-feira, 15 de abril de 2008
Jornalismo de todos para todos
Espero que gostem.
Só clicar aqui!
No mais, muita correria por causa da faculdade! E, como sempre, pegando muitos T4 lotados.
Beijão!
quarta-feira, 26 de março de 2008
Aventuras, principalmente, no T4
Sem duvidas, as maiores aventuras de 2008 – fora aprender a arrumar malas com a minha tia braba, quase não entrar no Planeta Atlântida no segundo dia e descobrir que o nome daquele moreno de olhos claros era Clériston – se passaram indo para a PUC no famoso e nunca vazio T4. Uma das minhas primeiras experiências no dito cujo foi o primeiro dia de aula, aquele que descrevi no blog, no qual o ônibus estava tão lotado que não tinha condições de se movimentar nem para coçar o nariz. Tudo bem, azar de principiante deve ser, eu pensei. Pensei errado. Noutro dia, estou eu agradecendo por ter pego o T vazio e de repente... um estouro, parecia uma batida. Descobri que não passava de um pneu furado imagina de qual ônibus? Do T4, mas não o meu, e, sim, um que vinha atrás. Motoristas solidários e migração total. No meio da avenida, todos os passageiros do outro ônibus entraram no que eu estava e o resultado foi nada mais que algumas pessoas esmagadas e um velhinho simpático, mas muito chato, que foi contando piadas do tipo: “Onde está o nariz? Na cara. / Para a mulher, qual a semelhança entre o ônibus que passa e o namoro que acaba? Temos que cuidar para não perder o próximo” e assim por diante. E ele ainda soltou a pérola de que temos que contar piadas para que a felicidade esteja conosco. Tive que rir. Outro dia foi um doce velhinho que disse para eu estudar muito para ser alguém na vida, me desejou boa aula e ainda fez a gentileza de colocar a embalagem do meu Toddinho no lixo. Um amor. E hoje me acontece um fato maluco e engraçado ao mesmo tempo. O ônibus pára bruscamente no meio da avenida e todo mundo grita: “UOUUUUUUUUUUUUU” e quase atropelamos um motoqueiro.
Estou a recém no meu primeiro mês de aulas e, pelos meus cálculos, ainda vou ter muitas historias pra contar sobre o T4 e sobre as minhas empreitadas como estudando de jornalismo. Com certeza, ando me divertindo muito e acho que esse ano promete ser tão bom quanto estudar Jornalismo e andar de T4.
quarta-feira, 12 de março de 2008
E assim vou indo...
Faculdade realmente é um lance muito louco. Depois de uma semana de aulas, ainda não estou acostumada a esses horários meio malucos, tipo estudar até as onze horas, chegar em casa pilhada, louca pra ler, escrever, produzir, mas ao mesmo tempo estar com sono e não conseguir dormir. Minha cabeça roda, roda, roda, roda e a voz que há dentro de mim sopra no meu ouvido: tu tem que ler muito, jornalista tem que estar sempre informado.
Lado bom e ruim, definitivamente, estou fazendo o que eu gosto. Imagina que um professor nos mandou ler dois livros para daqui a dez dias e entre os dois ele vai sortear um e o aluno vai ter que fazer uma resenha daquele ali, e se só tiver lido o outro, o azar é do aluno, porque o professor mandou ler os dois. Magnífico isso! Tudo bem que é meio louco eu achar isso bom, mas é o que eu sinto. Parece que a formação vai acontecer rígida e, ao mesmo tempo, levemente, ao estilo FAMECOS (faculdade de comunicação social) e isso mostra que não basta ter professores excelentes, o aluno tem que dar o melhor de si.
Além disso, tive um domingo bem cultural. Fui ao cinema ver “Antes de Partir” com Jack Nicholson e Morgan Freeman. Achei o filme bom, nada mais que isso. Acho que houve uma abordagem muito superficial sobre o tema, que é interessante. Vale a pena ver pra tirar as próprias opiniões. Depois, fui ao Festival Internacional de Linguagem Eletrônico, uma exposição moderníssima com altas tecnologias. Por fim, fui assistir a famosa peça Tangos & Tragédias e saí com uma boa teoria de lá: vida é baba e teatro é cuspe. Vida é baba, porque é involuntária. Teatro é cuspe, porque é voluntário. Demais né?