quarta-feira, 13 de junho de 2007

Depois daquela alucinante descoberta



Há algum tempo passei uma semana na praia e resolvi que essa seria uma semana prazerosa ao meu modo: dormi bastante, vi muitos filmes, brinquei, passeei e ainda li bons livros. Um desses foi “Depois Daquela Viagem”, que conta a história verídica de Valéria Piassa Polizzi, uma garota que com 16 anos de idade, no auge da sua adolescência cheia de descobertas, pega AIDS na sua primeira transa com o primeiro namorado. Muito azar, não? Mas existe e ela é a comprovação viva disso.

Esse é um livro de leitura fácil, que prende o leitor – principalmente jovens - do começo ao fim. Sentimos como se aquela fosse uma experiência nossa, de tanta intimidade que o livro permite que tenhamos com a autora naquele momento de sua vida. Trata sobre os preconceitos da sociedade em relação à AIDS, e até dos próprios portadores, que, na maioria das vezes, têm medo da reação alheia e não sabem lidar direito com a doença.

Valéria só foi descobrir que era soro-positivo com 18 anos e, logo que isso aconteceu, se afastou de todos os amigos. Na época, pensava que esse era um anúncio para a morte, um decreto, mas enquanto amadurecia e conhecia pessoas com o mesmo problema dela, viu que estava enganada. Tinha que lutar pela vida e foi o que fez. Viajou para o exterior, fez cursos, conheceu gente dos quatro cantos do planeta e foi nos Estados Unidos que percebeu que não desmerecia a vida por ter essa doença e que, sim, precisa mostrar isso para as outras pessoas, conscientizá-las, porque no Brasil esse tipo de informação ainda era muito escassa. Hoje dá palestras pelo mundo inteiro conscientizando jovens e tem seu livro publicado em diversas línguas.

Assim como Valéria, muitas vezes, vemos depois de um tempo que certas coisas na nossa vida não acontecem para serem desgraças e nos tornar pessoas tristes, mas para conhecermos o real valor da vida, das pessoas e para nos tornarmos seres mais fortes a toda essa loucura que se chama mundo. Foi isso que ela fez e tenho certeza de que hoje é muito mais feliz do que muito soro-negativo por aí. Recomendo, com certeza.

2 comentários:

Unknown disse...

adorei o texto
e axu ki esse livro naum me eh estranho...
axu ki jah vi minha irma o lendo tb =D
soh q naum imagina q tinha uma historia taum bonita
bjus minha escritora predileta =***

Vinnicius Silva disse...

Gabi!

Só posso dizer que você escreve fluentemente! Muito legal.
Hehehe

Deve ser um bom livro para ler.
;)
Beijo.